No Blog realizo o desejo de comunicar e de escrever coisas que vejo, sinto, percebo, e quem sabe possam contribuir para outras reflexões... O Blog está incorporado ao meu cotidiano. Procuro ser fiel à Vida que recebi e usufruo da Suprema Criação.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
METAMORFOSES E PERMANÊNCIAS
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
O FAZER CERÂMICO
domingo, 9 de dezembro de 2007
O PAPALAGUI
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
PEDAGOGIA E AMBIENTE: CADÊ CIDADANIA?
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
EDUCAÇÃO: depoimento de um estudante
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
PELA PAZ
domingo, 30 de setembro de 2007
EM VIAGEM (3)
sábado, 22 de setembro de 2007
EM VIAGEM (2)
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
EM VIAGEM (1)
terça-feira, 4 de setembro de 2007
domingo, 8 de julho de 2007
MESTRE NADO em O SOM DO BARRO
quarta-feira, 4 de julho de 2007
A VAQUINHA ou LA VAQUITA
segunda-feira, 25 de junho de 2007
AGRADECENDO
sábado, 2 de junho de 2007
domingo, 27 de maio de 2007
AGRADECIMENTO
domingo, 6 de maio de 2007
A MARIA, A LOUCA
quarta-feira, 18 de abril de 2007
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Alto lá, senhores e senhoras!
terça-feira, 3 de abril de 2007
Espantando o bolor
quarta-feira, 21 de março de 2007
Sai daí, neguinha!
Sai pra lá, neguinha! A menina atravessa a rua, segue até o ponto de ônibus. A mochila parece maior do que ela, de tanto apetrecho pra escola. Do outro lado, outra menina aguarda o ônibus, com seu caderno na mão, a chegada do ônibus. A fila é grande, e começa o aperto do espreme-passa-sobe. As meninas e meninos se apertam pra entrar . A da mochila vermelha parece não caber em lugar nenhum. A do caderno, em sua magreza e negritude,vai se esgueirando. Os cotovelos brancos vão apertando e batendo na menina do caderno solitário. A da mochila dá-lhe um ligeiro empurrão, com o xingamento: - Sai pra lá, neguinha! A menina prende os beiços, não fala. A raiva se enrosca lá dentro, pra explodir noutra hora. - Sai pra lá, neguinha! Fica-lhe a machucar os ouvidos meninos, a saliva engrossa, raiva do vermelho da mochila. Naquela manhâ, a menina do caderno nem tomara café, havia só um pão na mesa, nada de queijinho nem biscoitinho. Felizmente, o riso da mãe tinha o mérito de acalmar o coração da menina. Um dia ela teria todos os queijinhos e pães para seus filhos negrinhos. Um dia ninguém a mandaria sair, porque ela teria o olhar forte, saberia responder, saberia lutar. Ah! Ia pedir a mãe pra aprender capoeira. Saberia lutar e poderia derrubar todos os inimigos dos pretos.
PRECONCEITO É UMA FACE DA VIOLÊNCIA. Não podemos admitir atitudes discriminatórias!
OBSERVAÇÃO: Esta postagem faz parte da BLOGAGEM COLETIVA proposta por LINO REZENDE, no dia de luta contra a discriminação racial: http://www.linoresende.com.br/blog/