Este poema está gravado no muro,
Inicio 2009, com esse registro, e ao mesmo tempo, convido os leitores que encontrarem textos interessantes nos muros, deixem recado, que vou acolhêr com prazer, neste cantinho:
Uma canção para Garanhuns
Murilo Matos
Resplende na terra, num vale virente
A clara nascente do Paratagi,
E o grito da seiva que explode na serra
Atrai o quilombo e o cariri.
Do audaz sertanista os passos ressoam
E alcançam o vale dos bravos Unhanhuns:
Os sangues se mesclam e os campos povoam
Então tu nasceste assim, Garanhuns.
Garanhuns,
Canta alegre a canção que tu és;
Que da paz sejas sempre cenário,
E teus filhos, do amor os lauréis.
Canta forte a canção da nascente,
Que fecunda teus vales, teus montes;
Esta mesma canção que da gente
Jorra como as águas das fontes.
Do herói bandeirante tu foste pousada,
Refúgio de negros nos teus alcantis.
Dançaste o toré e fizeste toada,
Promessas, macumbas e ouricuris.
Ó bela Simoa, teus filhos conclama
E lembra teus feitos desde o alvorecer...
A voz que bem alto teu nome proclama.
Exulta no hino do teu florescer.