segunda-feira, 19 de outubro de 2009

SAUDAÇÃO

As notícias de violências em série saídas do ventre da amada Cidade do Rio de Janeiro, machucam o peito da gente, não importa a que distância estejamos. Somos parte desta mesma humanidade, e se há irmãos na dor, na dor também estamos. Conversando com amigas, refletíamos sobre o nascimento e crescimento do sadismo, como ele corrói a beleza do viver, como destrói as alegrias mais simples, como desequilibra o homem dentro de si, como usurpa a esperança que alimenta o coração.
Lembrando Cecília Meireles:


No mistério do sem-fim equilibra-se um planeta. E, no planeta, um jardim, e, no jardim, um canteiro; no canteiro uma violeta, e, sobre ela, o dia inteiro, entre o planeta e o sem-fim, a asa de uma borboleta”


Cantemos com a poetisa, a felicidade de viver neste planeta, entre primaveras de esperança... Alimentemos de Amor nosso coração, para transbordar para nossa família, nosso ambiente, nossa vizinhança...o planeta terra!

Que os homens e mulheres com responsabilidade de comandar a cidade, tenham lucidez para ver a realidade, humildade para admitir as fraquezas e erros do governo, generosidade para compartilhar as decisões, seriedade nas medidas necessárias, e não explorarem o medo da população em benefício de suas vaidades....Que olhem e enxerguem, ouçam e escutem!



sábado, 8 de agosto de 2009

UM DIA NO RIO DE JANEIRO ( 2 )

Yasmin saiu cedo do Hotel no Leme, queria visitar uma amiga, fazer cócegas na memória. Tomou o metrô até o Largo do Machado, onde visitou a loja de flores. Eram vivas rosas, lindas para um mimo de amiga. Com o pequeno ramalhete de botões, ali mesmo no Largo, tomou o ônibus 407, para o bairro guardador da memória da cidade. Era um ônibus com gente comum, certamente moradores das comunidades dos Prazeres e da Julio Otoni, crianças e adolescentes indo pra escola, mães com compras de mercado, um homem de pasta na mão, Yasmin sentou com suas flores serenas na mão direita. Pelas propagandas, o ônibus estaria carregado de balas, quem sabe fuzis se sentassem nos bancos? Yasmin sorria por dentro, o rosto desanuviado de quem tem belas lembranças do lugar. Logo partiu o veículo, pela Rua das Laranjeiras, parando e recebendo novas caras de gente esperançosa. Na ladeira da Julio Otoni, curvas e mais curvas, paradas e mais paradas; alcançou fagueiro o alto da Almirante Alexandrino. Que nome bonito este aí! Não tanto pelo almirante que Yasmin não conhecia a bravura, nem a ética, mas o “alexandrino” lembrou as noites juvenis, quando os grêmios literários eram vivos “points” de seu tempo de moça. No edifício sempre-o-mesmo, oos abraços reforçavam a duradoura amizade de mais de 20 anos. Luzia arregalou os miúdos olhos sobre os botões de rosas deitados em seus braços. Foram muitas conversas regadas a sucos e biscoitinhos de produção caseira. Luzia era exímia na delicadeza dos lanches que regavam os encontros entre amigos do bairro. Sorridente e faceira, nada a perturbava, nem mesmo a ameaça de um diabetes anunciada com uma certa agonia pela filha enfermeira. As amigas resolveram dar uma esticada pelas ruas. O bonde passava com seu deslizar sobre trilhos, enfeitando a via pública de pernas e cabeças multicores. O bondinho de tantos amores estava firme: em movimento constante, era uma espécie de estandarte, onde se podiam ler histórias da resistência cultural do bairro. Luzia e Yasmin se foram de bonde, desceram no Largo do Guimarães. A Livraria Largo das Letras era a surpresa anunciada pela amiga. Dali se podia contemplar a Baía da Guanabara, a copa das árvores, o movimento do Largo, ateliers de artistas expondo criatividade, a brisa soprando sons de flautas e violas em ensaios de festa. O café delicioso acompanhou a tarde de lembranças, visitaram o Mercado das Pulgas, pode-se dizer que se nutriram do “caldo de cultura” do Largo. Finalmente, as mulheres deram o abraço de despedida, Yasmin tomou o bonde até o Largo da Carioca, ainda passeou na Rua da Carioca, visitou o armazém buscando um chá especial, verificou que o Cinema Íris ainda está de pé, e voltou tranqüila para o hotel: ainda ia receber amigos antes de partir.

domingo, 26 de julho de 2009

UM DIA NO RIO DE JANEIRO

Dessas coisas maravilhosas quase ninguém fala, então não posso calar!

Foi simplesmente um dia de andanças entre Copacabana e Bangu; fizemos um roteirode metrô desde a Siqueira Campos até Central do Brasil, e dali seguimos de trem até Bangu, tranqüilamente, nenhum constrangimento, nenhum mal estar; as estações se sucediam, entra e sai de passageiros apressados pra chegarem ao trabalho, ou aos afazeres cotidianos, um retrato da luta pela sobrevivência com alma carioca, bonitos movimentos de corpo, segurando bolsas e livros, uma festa de vida.

Em Bangu, seguimos a visitar amigos, como era longe, tomamos um táxi, rodamos em ruas comuns, algumas quitandas vendiam frutas, legumes, verduras frescas.

Amigos acolhedores e sorridentes nos esperavam, tivemos um dia de mimos, com almoço simples, retratos, álbuns, presentes, roseiras, lírios e manacás perfumando os ares!

Ao retornar, por indicação dos amigos, preferimos experimentar o ônibus Integração/Metrô, de Bangu até a Estação Coelho Neto: a surpresa veio na qualidade do ônibus, bem arejado, em ótimo estado de conservação.

Anoitecia quando entramos no metrô; a zelosa mãe aninhava a filha retornando da escola, outra amamentava o bebê apressado em viver. Pais carregavam sua bagagem de trabalho, o olhar no aconchego da casa. Jovens com suas mochilas e risos cheios de esperança. Assim, as estações iam correndo em direção ao Estácio; passada uma hora, estávamos sentados, na linha 2, enquanto a voz anunciava: “próxima parada, Praça Onze”, as estações de novo se sucediam, novos anúncios, mais gente entrando, saindo, amigas conversando, amigos no abraço, rostos cansados de mais um dia de trabalho.

Chegamos de novo na Siqueira Campos, andamos a pé até o hotel, nada luxuoso mas ótimo serviço, e ainda tivemos energia para um jantar amigo, entre risos e serenidade.

Outros dias, outros roteiros de paisagens surpreendentes, gente bonita, e muita satisfação como visitante.

‘Taí um Rio que não se conta!

Obs: Colhi o depoimento de amigos viajantes, felizes de ter escolhido esse roteiro.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

PLANTAR PARA CURAR

Amigos, Trouxe para esse cantinho, o resultado de um estudo das plantas medicinais feito com a comunidade indígena Potiguara da Aldeia Forte, na Paraíba. O trabalho foi dinamizado pelo estudante de Etnobotânica, Xavier Gegout. As crianças participaram com uma alegria sem par. Quero compartilhar esse contentamento também meu, acreditando que o livro representa um passo na restauração da memória dessas comunidades que estão perdendo seus conhecimentos originais. Trata-se de uma pequena edição, 335 exemplares, sendo 255 destinados aos moradores da aldeia e às bibliotecas das escolas públicas locais. São apenas 80 livros disponíveis pra venda, portanto não vai pra livraria. O resultado será destinado à construção da sede da Toré Forte - Associação Cultural Indígena Potiguara- realizadora do projeto. Existem diversos projetos que estão dependendo da conclusão da sede, pois a aldeia não dispõe de espaço para aglutinar os moradores em atividades culturais. Uma realidade que eles querem mudar.Os amigos que desejarem obter o exemplar, queiram nos contatar. Tenho estado longe dos blogs, ocupada com diversos assuntos que não cabem na internet, por isso desculpem as ausências. E obrigada pela paciência e atenção. Contato: itajacianapotiguara2009@yahoo.com.br

sábado, 18 de abril de 2009

SER ÍNDIO

Uma homenagem aos ancestrais *** de todas as etnias indígenas, representadas pelos Potiguara.

Ser ou não ser índio, branco ou mulato nesse planeta de cinzas Ser ou não ser? Diplomas, decretos, papéis impedem o sabor do homem desdentado em busca do tempo passado

Saberes sem conta esquecidos no mato

para sempre perdidos?

Ser ou não ser...

Como ser índio

Amar a terra, o ar, a água,

Sem perder-se nos vulcões? Em dança redonda* entoam o canto a Tupã

Flauta, tambores, maracas, animam o passo

dos pés descalços unificados

na beleza do toré*

a flauta lamenta seu desterro

enquanto a alma mergulha

em lembranças ancestrais

debaixo do céu de estrelas.

Ser valente, ser da terra irmão

Ser Potiguara filho de Tupã Akajutibiró! Akajutibiró!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Ai que Fome!

Ai que fome!

Como a cama

cheiro de rosas damascenas

do meu ventre palpitante?

Ai que fome!

Nas vitrinas, douradas peças,

lenços de seda, cavalos correndo,

na direção de Granada,

jardins sem fim de sábios desenhos,

violinos ao Amor!

Ai que fome!

Trituro louças bordadas

pego o trem das nove,

sem olhar para trás:

Onde irão meus sapatos de saltos piramidais

inexistentes? Talvez passe sob o arco-íris libertação

Ai, que fome!

Mastigo a lua de arrepios e corpo nu

Devoro a cama, com cheiro de amores:

Todos eles tão passados

Desbotados na lembrança do sete estrelo.

Cinzas mornas, ainda quentes,

arrepios de lua correndo no céu de Ruanda,

Corpos nus, sangrados pelo ódio,

Insanas mãos!

Ai que fome!

Neurônios voam janela afora,

Assombrados pelas imagens,

Sem esperar o amanhecer das maçãs douradas

No coração da menina.

16.03.2009

foto: barra grande, alagoas

domingo, 8 de março de 2009

Inclusão Social

Inclusão So

Inclusão

...................Crianças bem tratadas

Igrejas sem preconceito...............

*I N C L U S Ã O*

Famílias de inclusão

In clu são! In clu são

Escolas? Muitas para Todos

C O M

Professores incluídos

Filosofia pra viver bem

Ações

Pensares de Amor

rsrsrsrsrsrsrsrs

matas, rios, gente e bichos tudo preservado lugar pra todo vivente ser feliz

Tempo de agir tempo@verdade.com

tempo@tempo.com

Corpo e alma em ação de Amor

Programas escolares de inclusão

Esta a nova manchete

Jornais

notícias de inclusão

nada de estupros,

nem crianças nem adultos,

tudo Amor Sem Fim

nenhuma palavra de bispos, papas, ditadores sem alma

#####KX=????

nada de maquiar hospitais,

nem médicos apressados

no lugar da vesícula corta as pernas?

A T E N Ç ÃO a t e n ç ã o

Cadê a atenção ao sujeito da história?

SUJEITO NÃO É OBJETO

O TEMPO PASSA

nada de roubos

nem enganos estudados em gabinetes

AB9CKIEBÓCXTB6T=$$$$$$$$

Escolas positivas, bonitas, úteis à vida,

móveis e professores incluídos

crianças e cadeiras incluídas

programas escolares de inclusão

dignidade nas construções

nos equipamentos públicos &

direito ao acesso ao direito à saúde!

?você já visitou uma escola pública de periferia

por dentro da verdade

no interior?

Então, escreva a palavra

i n c l u s ã o

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

VIBRAÇÕES!

Quarta feira de Cinzas, meu coração ligado à vibração das comunidades do Rio de Janeiro, na apuração dos desfiles. Cada nota arranca um sorriso de festa.

Não torcia por uma escola específica, mas pela alegria da conquista de todos que fizeram a enormidade do samba nos desfiles oficiais e não oficiais.

É algo muito forte que ficou em mim, dos anos que ali vivi e trabalhei. A centelha que anima toda a gente do Rio na construção dos enredos, das alegorias, das batidas especiais da bateria, nos passos ensaiados da comissão de frente, na harmonia entre todos os elementos que constituem o majestoso espetáculo, tudo isso jamais se apagará do meu coração.

Nas imagens a mesma vibração e desafio como a enfrentar a crise pela inventividade.

Vejo essa festa como a majestade da alma brasileira, que jamais se entrega ao desespero, mas se levanta pra cantar e bailar, mostrando sua Beleza fenomenal nas alas das Escolas, nos blocos, nas aglomerações.

Se cada cidade, cada comunidade, cada cidadão acreditasse verdadeiramente na sua força, provavelmente o país teria outra condição.

O sambista que argumenta nas belas composições da avenida, em ato essencialmente coletivo, terá certamente muito mais chance de reclamar seus direitos do que os que se escondem de falar o que pensam. No maracatu, nos filhos de Ghandi, no bumba-meu-boi, tudo é festa do coração. A música, como todas as artes, tem essa face de exuberante humanidade, e a festa popular pode demonstrar o imenso poderio dessa nação brasileira, mesmo que a ganância e a inconsciência teimem em abafar nosso crescimento.

Viva a Beleza presente nos milhares de mulheres e homens de todas as idades, incansáveis durante todo o ano a preparar o majestoso espetáculo, que se desenrola nas ruas, como nas passarelas e outros palcos, em cada recanto desse país.

Viva a Alegria do Povo Brasileiro!

Foto em Olinda, outubro de 2006, bloco de Maracatu.

Festival "Arte em toda parte"

Participe da Blogagem coletiva INCLUSÃO SOCIAL

selo e orientação em http://esteranca.blogspot.com

domingo, 22 de fevereiro de 2009

BLOGAGEM COLETIVA

AMIGOS, No blog da Ester http://esteranca.blogspot.com encontra-se a chamada para esta blogagem coletiva. Pegue lá o selo e venha somar-se a esta iniciativa mais que oportuna.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

MIMO DO MIGUEL

Recebi, com alegria, do amigo Miguel Chammas, o selinho acima. Além de agradecer o mimo, tratarei, agora de cumprir as regras estabelecidas. O blog do meu presenteador é: http://prosaversochammas.blogspot.com e as demais regras são: 1 - Exibir o selinho do Blog Olha que maneiro! 2 - Postar o link do blog pelo qual foi indicado. 3 - Indicar e comunicar 10 blogs da sua preferência 4- Confira se os blogs indicados cumpriram as regras. 5 - Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá uma caricatura em P&B. 6 - Só tá valendo se todas as regras acima forem seguidas! Os blogs que indicarei são: Beth, mulher que não desiste * Mãe... e muito mais * Jota Effe Esse * Transmimentos de Pensação * Olho de Pombo * Márcia (Clarinha) * Oceanos e Desertos * Janelas do Zeca * Míriam Monteiro * Soninha *

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O MENINO DO PALÁCIO DO DRAGÃO

Era uma vez, num país distante, um pobre vendedor de flores. Todos os dias ele colhia as flores, descia até o vale e atravessava um rio para chegar à cidade, onde vendia sua colheita. No fim da tarde, ao voltar para casa, atravessava novamente o rio e atirava na corrente os botões não vendidos.

Um dia, devido as fortes chuvas, o rio havia subido de tal forma e tão violenta era a torrente que era impossível cruzá-lo. O vendedor ficou parado, sem saber o que fazer, quando avistou uma tartaruga que veio em sua direção e se ofereceu para transportá-lo. Tão logo ele subiu no casco da tartaruga ela nadou velozmente, submergindo nas profundezas do rio. Em poucos momentos chegaram a um estranho palácio. Era o palácio do dragão, a morada do senhor da água. Lá, uma linda princesa os aguardava. Ela saudou calidamente o vendedor e agradeceu-lhe pelas flores tão bonitas que as águas do rio todos os dias lhe traziam. Ela o recebeu com um suntuoso banquete, ao som de delicadas melodias e com graciosas danças de peixes. Encantado, o vendedor permaneceu ali por um longo tempo. Finalmente o deleitado hóspede decidiu que deveria voltar para casa. Quando se despediu da princesa, esta mandou vir à sua presença um menininho maltrapilho. Por favor – disse ao florista, - cuide deste menino, e ele fará com que seus desejos se tornem realidade. Quando voltou para casa, acompanhado do menino, o vendedor de flores se deu conta da pobreza de sua cabana. Recordando-se das palavras da princesa, pediu ao menino um novo lar. O menino, então, bateu palmas três vezes e transformou a cabana em um maravilhoso palácio, esplendidamente mobiliado. O tempo passou, e o vendedor esqueceu-se de sua origem humilde, exigindo mais e mais luxos; em breve, transbordava de riquezas. Em um ambiente tão rico, o homem começou a achar que o menino maltrapilho estava fora de seu lugar. Pediu-lhe então que trocasse as suas roupas por outras mais bonitas. Porém, dizendo que era feliz daquele jeito, o menino se negou a fazê-lo e continuou usando os seus andrajos. Finalmente, o vendedor, convencido de que possuía tudo aquilo que poderia desejar, sugeriu ao menino que regressasse para o palácio do dragão. Este se recusou a voltar. Porém, ao ver o vendedor tão contrariado, concordou e deixou-se levar até o rio. Suspirando com alívio, por ter conseguido livrar-se do menino, o homem voltou ao seu palácio. Mas, para seu total assombro, o palácio havia desaparecido por completo. Ele estava novamente em sua humilde cabana, vestido com as mesmas roupas que usava quando era um pobre vendedor de flores, muito tempo atrás. Nervoso, e percebendo o seu erro, correu em direção ao rio chamando o menino.

Mas o menino também havia desaparecido. Fonte: Histórias da Tradição Sufi

sábado, 24 de janeiro de 2009

DESAFIO

Recebi este desafio do meu amigo MIGUEL, que a havia recebido de Zeca. As regras são: 1 - Agarrar o livro mais próximo; 2 - Abrir na pagina 161; 3 - Procurar a 5ª. frase completa; 4 - Colocar a frase no blog; 5 - Repassar para cinco pessoas e avisa-las. O livro que peguei é MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS, de Clarissa Pinkola Estes, da Editora Rocco, e a frase é: ”Portanto, há muitos ossos na estrada, ossos suculentos, belos, interessantes, irresistivelmente atraentes” Repasso para as seguintes: Caravançarai, JFS, Lino, Arte Postal, Beth, mulher que não desiste. MÃOS À OBRA! Cada um pegue seu livro e vejamos no que vai dar a brincadeira do Zeca.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

UMA POETISA DE ALÉM MAR

Seguindo o comentário de FERNANDA,

encontrei este poema de

Sophia de Mello Breyner Andresen

A PAZ SEM VENCEDOR E SEM VENCIDOS

Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos// A paz sem vencedor e sem vencidos// Que o tempo que nos deste seja um novo// Recomeço de esperança e de justiça.// Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos // A paz sem vencedor e sem vencidos// Erguei o nosso ser à transparência// Para podermos ler melhor a vida// Para entendermos vosso mandamento// Para que venha a nós o vosso reino// Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos// A paz sem vencedor e sem vencidos// Fazei Senhor que a paz seja de todos// Dai-nos a paz que nasce da verdade// Dai-nos a paz que nasce da justiça// Dai-nos a paz chamada liberdade// Dai-nos Senhor paz que vos pedimos// A paz sem vencedor e sem vencidos//

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Vai aqui um trecho de um texto de Frei Beto,

para alimentar nosso trabalho pela PAZ, nada fácil,

em tempos do reinado das aparências:

"Arranca de tua mente todos os preconceitos e, de tuas atitudes, todas as discriminações. Sê tolerante, coloca-te no lugar do outro.(...) Antes, indaga a ti mesmo por que provocas em outrem antipatia, rejeição, desgosto. Reveste-te de alegria e descontração. A vida é breve e, de definitivo, só se conhece a morte." foto: Veneração. Peça em cerâmica. Artesanato paraibano.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

E NÓS O QUE PODEMOS FAZER?

AMIGOS, DIANTE DA MATANÇA QUE SE FAZ NA FAIXA DE GAZA, PERGUNTO O QUE PODEMOS FAZER, SEJA MANIFESTAÇÕES INTERNÁUTICAS, SEJAM OUTRAS AÇÕES, NÃO PODEMOS FICAR DE BRAÇOS CRUZADOS, POIS A VIDA ESTÁ SENDO DESTRUÍDA PROPOSITALMENTE, NÃO É ACIDENTE, É ALGO TERRÍVEL! EM NOME DE TANTAS VIDAS, DE TANTAS CRIANÇAS, DE TANTAS FAMÍLIAS, VAMOS FAZER ALGUMA COISA?????????? Ceci

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

HOMENAGEM

Este poema está gravado no muro, ao lado de uma pracinha, em Garanhuns, Pernambuco, junto ao painel desenhado por Armando Rocha.

Inicio 2009, com esse registro, e ao mesmo tempo, convido os leitores que encontrarem textos interessantes nos muros, deixem recado, que vou acolhêr com prazer, neste cantinho:

Uma canção para Garanhuns

Murilo Matos

Resplende na terra, num vale virente

A clara nascente do Paratagi,

E o grito da seiva que explode na serra

Atrai o quilombo e o cariri.

Do audaz sertanista os passos ressoam

E alcançam o vale dos bravos Unhanhuns:

Os sangues se mesclam e os campos povoam

Então tu nasceste assim, Garanhuns.

Garanhuns,

Canta alegre a canção que tu és;

Que da paz sejas sempre cenário,

E teus filhos, do amor os lauréis.

Canta forte a canção da nascente,

Que fecunda teus vales, teus montes;

Esta mesma canção que da gente

Jorra como as águas das fontes.

Do herói bandeirante tu foste pousada,

Refúgio de negros nos teus alcantis.

Dançaste o toré e fizeste toada,

Promessas, macumbas e ouricuris.

Ó bela Simoa, teus filhos conclama

E lembra teus feitos desde o alvorecer...

A voz que bem alto teu nome proclama.

Exulta no hino do teu florescer.