O corpo desnudo, /
O rosto molhado /
chora os abraços /
perdidos na estrada, /
entre grades Maria! /
Mãos se alvoroçam no ar, /
vazias se encolhem /
no murcho ventre. /
O peito, em soluços, /
se quebra, em gemidos /
ouvidos na estrada /
Restos de comida /
no barro do chão /
tigela sem vida, /
caneca vazia de afeto. /
Entre grades Maria, /
a louca do caminho... /
Conta-se do filho, /
no ventre proibido, /
da moça sem razão. /
Maria quer voar, /
com asas de cera, /
destino ilusão /
sem grades morrer, /
ou perder-se no mar /
atrás da montanha, /
em vale florido! /
Uma flor para Maria!/
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Barro é ..."um pedaço da Terra Mãe, plástica, suave, sensual para as mãos de mulheres e de homens que buscam entender os segredos e as possibilidades da cerâmica. Barro é encante".
Maria dos Mares