domingo, 26 de julho de 2009

UM DIA NO RIO DE JANEIRO

Dessas coisas maravilhosas quase ninguém fala, então não posso calar!

Foi simplesmente um dia de andanças entre Copacabana e Bangu; fizemos um roteirode metrô desde a Siqueira Campos até Central do Brasil, e dali seguimos de trem até Bangu, tranqüilamente, nenhum constrangimento, nenhum mal estar; as estações se sucediam, entra e sai de passageiros apressados pra chegarem ao trabalho, ou aos afazeres cotidianos, um retrato da luta pela sobrevivência com alma carioca, bonitos movimentos de corpo, segurando bolsas e livros, uma festa de vida.

Em Bangu, seguimos a visitar amigos, como era longe, tomamos um táxi, rodamos em ruas comuns, algumas quitandas vendiam frutas, legumes, verduras frescas.

Amigos acolhedores e sorridentes nos esperavam, tivemos um dia de mimos, com almoço simples, retratos, álbuns, presentes, roseiras, lírios e manacás perfumando os ares!

Ao retornar, por indicação dos amigos, preferimos experimentar o ônibus Integração/Metrô, de Bangu até a Estação Coelho Neto: a surpresa veio na qualidade do ônibus, bem arejado, em ótimo estado de conservação.

Anoitecia quando entramos no metrô; a zelosa mãe aninhava a filha retornando da escola, outra amamentava o bebê apressado em viver. Pais carregavam sua bagagem de trabalho, o olhar no aconchego da casa. Jovens com suas mochilas e risos cheios de esperança. Assim, as estações iam correndo em direção ao Estácio; passada uma hora, estávamos sentados, na linha 2, enquanto a voz anunciava: “próxima parada, Praça Onze”, as estações de novo se sucediam, novos anúncios, mais gente entrando, saindo, amigas conversando, amigos no abraço, rostos cansados de mais um dia de trabalho.

Chegamos de novo na Siqueira Campos, andamos a pé até o hotel, nada luxuoso mas ótimo serviço, e ainda tivemos energia para um jantar amigo, entre risos e serenidade.

Outros dias, outros roteiros de paisagens surpreendentes, gente bonita, e muita satisfação como visitante.

‘Taí um Rio que não se conta!

Obs: Colhi o depoimento de amigos viajantes, felizes de ter escolhido esse roteiro.

12 comentários:

Miguel S. G. Chammas disse...

Cecilindiasinha, lindo relato de u dia comum com gente comum.
É muito bom esse contato, nos dá o prazer de saber que gente é muito importante mesmo não sabemdo.
Ah! Quer dizer que Herivelto Martins se enganou ao cantar "Vão acabar com a Praça 11, não vai haver mais escola de samba não vai...."

Miguel S. G. Chammas disse...

Cecilindiasinha, lindo relato de u dia comum com gente comum.
É muito bom esse contato, nos dá o prazer de saber que gente é muito importante mesmo não sabemdo.
Ah! Quer dizer que Herivelto Martins se enganou ao cantar "Vão acabar com a Praça 11, não vai haver mais escola de samba não vai...."

Unknown disse...

Severa, que prazer encontrá-la tão bem depois de longos 13 anos (ou mais)! Aguardo ansiosa pela continuação desse post - uma noite no Rio. Mas você já resumiu bem: um jantar amigo, entre risos e serenidade.
Para mim, particularmente, um reencontro com a minha própria essência. Ver tantas pessoas que fizeram parte da minha vida e da minha construção como ser político, ser social - cidadã, enfim - me fizeram retomar um pouco de uma fé um tanto quanto abalada no coletivo. E como foi bom para mim ver o seu movimento em busca (e conquista) de qualidade de vida, em sintonia com a natureza e a antroposofia, da qual também sou adepta... Enfim, gostaria de ter tido mais tempo para mais risos, mais conversas... mas que maravilha que a tecnologia encurta a distância e nos coloca em contato novamente.
Um grande e carinhoso abraço, estarei por aqui mais vezes.

Ceci disse...

Miguel, este dia foi real, tão real quanto nossa existência; a simplicidade desafia a mania de só se falar de eventos trágicos, ou gente "famosa", parece que a comunicação do trágico carrega um medo ancestral, seja a morte física, seja do desaparecimento como espécie! Vamos pensando e agindo, em contato gostoso com nossos pares humanos!
Obrigada por ler e comentar

Ceci disse...

Vanessa, para mim, também está sendo algo enorme, o contato com vcs, que também me construíram num tempo, além de estarem sólidos dentro de minha vida; penso que uma das maravilhas da vida é a possibilidade de olhar o retrovisor, de olhar o passado no presente, continuando a construção e refletindo as ações, melhorando nosso Ser, estimulando o positivo, equilibrando!
Obrigada por ler e comentar
Meu abraço de bom dia!

olhodopombo disse...

Ceci estou indo a João Pessoa em setembro, fico hospedada no bairro onde tem o hotel Tambau, estou interessada no livro, sim....

Francisco Dantas disse...

Ceci, esse é o Rio de que sinto saudade. Lá, residi por duas temporadas de estudo, e, confesso-lhe, jamais passei por qualquer constrangimento. Um grande abraço, amiga.

Claudinha ੴ disse...

Querida Ceci, eu sempre ouço sobre este Rio que ninguém fala. Tenho parentes e pessoas queridas lá. Que bom que outras pessoas descobriram isto. Saudades daqui!
Beijos!

Fáthima Rodrigues disse...

Querida amiga
Sinto muito não ter tido oportunidade de te encontrar. Mas fico feliz em saber que vc viveu com tanta sensibilidade esse caminho que conheço tanto, essa simplicidade do subúrbio que encanta e emociona.
Um braço carinhoso.
Fátima

MAY disse...

É a isso que chamo "olhar com olhos de poesia" e Deus assim fotografa a vida por nós...!!

Jota Effe Esse disse...

Ceci, tu conheces o Rio bastante para saber que ao lado do trágico convive o bucólico, lindo e tranquilo Rio. Meu beijo.

Preta disse...

Oi ceci, quem é vivo sempre aparece e me alegrei em chegar aqui e ler sobre o meu querido Rio... Que emocão e quantas saudades. Beijos mil